Portugal tem o mais antigo sistema de apelação do mundo, a Região Demarcada do Douro. Esta região, entre outras, como a dos Vinhos Verdes, produzem alguns dos vinhos mais requintados, exclusivos e valorizados do mundo.
Portugal abarca duas regiões produtoras de vinho protegidas pela UNESCO como património mundial: a Região Vinhateira do Alto Douro, onde se produz o conhecido e generoso Vinho do Porto, e a Paisagem da Cultura da Vinha, na Ilha do Pico.
Portugal tem duas regiões produtoras de vinho reconhecidas pela UNESCO como património mundial: a Região Vinhateira do Alto Douro e a Paisagem da Cultura da Vinha, no Pico.
A qualidade e carácter único dos seus vinhos fazem de Portugal uma referência entre os principais países produtores, com um lugar destacado e em crescimento, entre os 10 principais produtores, com 4% do mercado mundial.
Considerado um produtor tradicional do Velho Mundo, 8% do continente é dedicado à cultura da vinha! Algumas das castas tintas portuguesas mais importantes são: Touriga Nacional, Baga, Castelão, Touriga Franca e Trincadeira (ou Tinta Amarela). Entre as castas brancas destacam-se: Alvarinho, Loureiro, Arinto, Encruzado, Bical e Fernão Pires.
Os Vinhos da Tasca da Memória
Conheça a oferta de vinhos das várias regiões de Portugal que temos para si
Regiões Vinícolas
Minho
Aromáticos e leves
Frutados e frescos
Dão
Boa capacidade de envelhecimento
Frutados e pouco alcoólicos
Bairrada
Complexos, harmoniosos e frutados
Frescos, frutados e de cor citrina
Setúbal
Frutados e estruturados
Forte personalidade e frutados
Trás-Os-Montes
Aromáticos e gastronómicos
Frutados e frescos
Douro
Aveludados e aromáticos
Leves, frescos e aromáticos
Beira Interior
Frescos, leves e aromáticos
Frescos, aromáticos e de cor citrina
Tejo
Aromáticos de cor rubi
Frutados de cor palha
Alentejo
Equilibrados, aromáticos e de cor rubi
Encorpados, equilibrados e de cor palha
Algarve
Aveludados, frutados e de tom rubi
Suaves, delicados e de tom palha
Açores
Aromáticos e frescos
Madeira
Maduros, leves e aromáticos
Lisboa
A região vitivinícola de Lisboa é uma das mais produtivas de Portugal. As vinhas são bastante influenciadas pelo mar e pelos ventos, por estarem tão junto à costa atlântica, mas também existem vinhas plantadas no interior, protegidas por montanhas. A região de Lisboa é composta por nove sub-regiões. Bem perto da capital, a sul, encontram-se Bucelas, Colares e Carcavelos. No centro, Alenquer, Arruda, Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras, e a Norte ficam as Encostas de Aire. O solo pode ser argilo-calcário e argiloarenoso. O clima é temperado, sem grandes extremos térmicos.
Tipos de Vinhos
Brancos
Os vinhos brancos são feitos a partir da fermentação de uvas sem pele. Alguns brancos são elaborados a partir do processo de maceração pelicular, ou seja, as peles das uvas mantêm-se em contacto com o mosto antes da fermentação para uma maior concentração aromática. Curiosamente, as castas utilizadas não precisam de ser apenas brancas: há vinhos brancos que utilizam castas tintas. Estes vinhos têm aspeto límpido e cor amarela bastante clara ou um pouco mais escura, a lembrar o amarelo da palha. São suaves e aromáticos (predominam os odores a flores e frutos).
Tintos
Os vinhos tintos são produzidos a partir da fermentação de uvas tintas. A gama de cores no vinho tinto vai desde o vermelho rubi até ao vermelho mais escuro. Os tintos jovens são suaves, bastante aromáticos e geralmente têm um sabor delicado. Os tintos mais envelhecidos têm um aroma muito intenso e na boca apresentam uma textura macia (diz-se que são aveludados) e um elevado teor alcoólico (são encorpados).
Sabia que há vinhos brancos que utilizam castas tintas?
Rosés
Os vinhos rosés são elaborados a partir de castas tintas e através de um processo especial de fermentação. Após um curto período de tempo retiram-se as peles das uvas, uma vez que já foi transferida a coloração rosada ao vinho. Os rosés podem adquirir diferentes tonalidades: desde o rosa-pálido ao vermelho-claro. O seu sabor resulta do equilíbrio entre as características do vinho branco (a leveza e suavidade) e do vinho tinto (sobressaem aromas a frutos, especialmente os vermelhos).
Vinhos Generosos ou Licorosos
Os vinhos generosos ou licorosos resultam da adição de álcool (álcool puro, aguardente ou brandy) durante o processo de fermentação, de modo a suspender o processo de transformação dos açúcares em álcool. Deste modo, o vinho fica mais doce e alcoólico do que os vinhos de mesa comuns. Em Portugal, destacam-se os vinhos do Porto, Madeira e Moscatel.
Porto
No vinho do Porto há uma enorme variedade de cores – entre o tinto escuro e claro e as cores dos brancos variam entre o branco-pálido e o dourado – uma vez que é obtido a partir de castas brancas e tintas. Os vinhos do Porto podem classificar-se como muito doce, doce, meio seco ou extrasseco. Já o tipo de envelhecimento podem ser vintage (provenientes de uma única colheita de qualidade reconhecida e engarrafados entre 24 e 36 meses após a vindima), tawny (envelhecimento em casco, por oxidação) ou ruby (vinhos novos com pouca ou nenhuma oxidação).
Madeira
O vinho da Madeira varia em doçura e graduação alcoólica de acordo com a casta utilizada. A casta Sercial produz vinhos secos, perfumados e de cor clara; a Verdelho origina vinhos meio secos, delicados e de cor dourada; já a Boal têm cor dourada escura e textura mais suave. Por fim, a Malvasia produz a variante doce, com um perfume intenso e cor vermelha acastanhada.
Moscatel
O Moscatel mais famoso é o produzido na zona de Setúbal, obtido a partir das castas Moscatel e Moscatel Roxo, evidenciando uma cor dourada e aromas florais e frutados a laranja e tâmaras. Na região do Douro, particularmente na região de Favaios e Alijó, utiliza-se a casta Moscatel Galego.
Espumantes
Os vinhos espumantes distinguem-se pela presença de dióxido de carbono proveniente da fermentação secundária. Normalmente os vinhos espumantes têm a sua fase final de fermentação em garrafa (método clássico ou champanhês). Existe ainda o método contínuo onde a fermentação se efetua através da passagem do vinho por diferentes tanques (onde o vinho fermenta e envelhece) e o método charmat onde a fermentação se realiza numa cuba fechada. Portugal produz as variantes branco, tinto e rosé.